Recepção de ordens
Março 2009
Em Março de 2009 o valor total das ordens por conta de outrem recebidas pelos intermediários financeiros registados na CMVM desceu 29,5% para 9,14 mil milhões de euros (12,97 mil milhões de euros em Fevereiro), apesar do número de ordens ter subido 29,4% para 333.890. O valor médio por ordem caiu para 27 mil euros (50 mil euros Fevereiro).
As acções, apesar da queda mensal de 38,9% no valor total intermediado, continuaram a ser o activo com maior peso no valor total das ordens (50,1%). Todas as categorias de activos apresentaram variações negativas, com os warrants a registarem a maior descida (-61,4%) e com a dívida privada a apresentar a performance menos negativa (-8%).
Já o valor das ordens sobre instrumentos financeiros derivados subiu 16,6% face a Fevereiro, com os futuros, que representaram 65,8% do total intermediado, a registarem uma de subida 20%. Por sua vez, as opções e os CFDs caíram 19% e 10%, respectivamente. As taxas de juro de longo prazo e as taxas de câmbio foram os activos subjacentes mais procurados em contratos de futuros.
O peso dos investidores não residentes no total intermediado caiu dos 47% em Fevereiro para 36% em Março, em resultado de uma redução de 46% no valor das ordens. O valor intermediado pelos investidores residentes caiu 14,9%.
Quanto ao tipo de investidores, o valor das ordens dos investidores institucionais, apesar da descida de 37,3%, representou 74,3% do total intermediado. Já os investidores particulares aumentaram o valor das ordens em 9,7%.
O BES (19,1%), o BES Investimento (12,9%) e o Banco Santander de Negócios Portugal (11,6%) foram os intermediários financeiros com maior quota de mercado no valor total das ordens recebidas sobre acções. O BES liderou também no segmento da dívida com 42,8% do valor intermediado, seguido agora pela Intermoney Portugal SFC (26,6%) e pelo Finibanco (9%).
Por mercado de execução, o valor intermediado fora de mercado representou 34% do total, mesmo tendo registado uma quebra mensal de 58%. Em contrapartida, os mercados nacionais apresentaram aumentos de 42% e os mercados internacionais de 26%. Os Estados Unidos, a França e a Espanha foram os países mais procurados no segmento das acções, o mesmo acontecendo com o Reino Unido, a Alemanha e o Luxemburgo nos activos de dívida.