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Estatísticas

Estatísticas periódicas


Indicadores trimestrais de intermediação financeira

3º trimestre de 2022


Relatório | Tabelas


Execução de ordens por conta de outrem

No terceiro trimestre de 2022, o volume de ordens executadas no mercado a contado pelos intermediários financeiros a operar em Portugal totalizou 169.518,9 milhões de euros, mais 34,1% do que no trimestre anterior e 320,9% do que em igual período de 2021.

As ordens executadas sobre dívida privada e pública cresceram face ao segundo trimestre, aumentando 63,9% e 6,8% respetivamente, enquanto sobre ações recuou 23,2%.

As transações realizadas fora de mercado representaram 0,6% do total de ordens, tendo crescido 1,9% para 1.089,3 milhões de euros. A internalização de ordens subiu 33,2%, para 80.817,1 milhões de euros. As transações nos mercados nacionais pesaram 0,9% do total no terceiro trimestre e ascenderam a 1.608,2 milhões de euros, menos 26,3% do que nos três meses anteriores.

O Banco Comercial Português foi o intermediário financeiro com a quota de mercado mais elevada (54,8%) no segmento de ações, seguido do Banco de Investimento Global (14,8%) e do Caixa – Banco de Investimento (11,7%). Nas ordens sobre dívida pública liderou o BNP Paribas - Sucursal em Portugal (99,9%). Nas ordens sobre dívida privada, o BNP Paribas - Sucursal em Portugal teve a maior quota de mercado, com 98,3%, seguido do Banco de Investimento Global (0,4%) e do ABANCA (0,3%).

No mercado a prazo, o valor transacionado entre julho e setembro totalizou 1.144.707,3 milhões de euros, mais 53,9% do que nos três meses anteriores e mais 411,3% face ao valor registado em igual período de 2021. Os CFDs representaram 0,7% do total de ordens executadas neste mercado, tendo o valor negociado neste instrumento financeiro sido de 8.489,3 milhões de euros. Os contratos de futuros pesaram 0,1% do total, as opções 0,2% e os outros derivados 99,0%.

As taxas de juro foram o ativo subjacente mais procurado no período considerado (2,1% do total), com o valor das ordens a totalizar 23.483,3 milhões de euros.

As ordens sobre derivados foram sobretudo executadas nos mercados internacionais (82,0% do total), enquanto 17,9% foram internalizadas.

Receção de ordens por conta de outrem

Entre julho e setembro, o valor das ordens recebidas no mercado a contado pelos intermediários financeiros registados na CMVM totalizou 175.500,1 milhões de euros, mais 31,1% do que nos três meses anteriores e mais 300,2% quando comparado com o período homólogo de 2021.  

Os investidores residentes foram responsáveis por 9,2% do valor das ordens recebidas, num total de 16.163,8 milhões de euros, uma descida de 12,0% face ao segundo trimestre. Já as ordens dos investidores não residentes cresceram 37,9% para 159.386,3 milhões.

A dívida pública foi o ativo financeiro mais procurado (20,9% do total), com um crescimento trimestral de 7,2%, seguida dos títulos sobre dívida privada e das ações, que atingiram, respetivamente, 8.239,6 milhões de euros e 5.524,5 milhões. 

Quanto ao investimento por país, França recebeu 56,9% do valor das ordens (51.999,9 milhões de euros), seguida dos Países Baixos (29,8%), Portugal (3,8%) e Itália (3,3%).

Os canais tradicionais (telefone, fax, presencial) continuaram a ser os mais utilizados para a transmissão de ordens (87,4% do total). A utilização da Internet para transmissão de ordens teve um recuo trimestral de 23,6%.

No mercado a prazo, o volume das ordens recebidas por intermediários financeiros situou-se em 1.164.739,1 milhões de euros, uma subida de 52,2% face aos três meses anteriores. Os CFDs (1,9% do total) e os futuros (0,7%) foram os instrumentos financeiros mais utilizados pelos investidores no período considerado, enquanto ao nível dos ativos subjacentes, as preferências recaíram sobre as taxas de juro (2,0%) e os índices (1,2%).

Negociação por conta própria

No mercado a contado, o valor transacionado pelos intermediários financeiros por conta própria decresceu 23,0% para 43.878,8 milhões de euros no terceiro trimestre deste ano, em relação aos três meses anteriores, tendo diminuído 23,0% face ao período homólogo.

A dívida pública foi o valor mobiliário mais procurado para negociação por conta própria, 55,7% do total. As transações de títulos de dívida privada cresceram 65,0% no período considerado para 9.118,7 milhões de euros.

No segmento acionista, o valor negociado por conta própria cresceu 90,3% em relação ao segundo trimestre, tendo recuado 69,0% face ao período homólogo.

No mercado a prazo, o valor das transações por conta própria caiu 39,5%, para 43.134,5 milhões de euros. Deste montante, 65,2% teve como finalidade a negociação, enquanto 23,3% se destinou ao hedging e 11,5% ao investimento.

Os contratos de futuros foram o instrumento financeiro derivado mais utilizado nas carteiras de negociação, representando 18,7% do valor dos negócios. As taxas de câmbio e as taxas de juro foram os ativos subjacentes preferenciais dos intermediários financeiros, representando, respetivamente, 61,0% e 36,8% do total dos derivados.

Registo e depósito de valores mobiliários por conta de outrem

O montante de registo e depósito de valores mobiliários por conta de outrem situou-se em 240.872,0 milhões de euros no terceiro trimestre de 2022, menos 3,5% do que nos três meses anteriores e menos 6,2% do que no período homólogo de 2021. Os clientes residentes representavam 75,7% do valor total no final de setembro.

Registo e depósito de valores mobiliários por conta própria

O montante de registo e depósito de valores mobiliários por conta própria totalizou 199.847,4 milhões de euros no terceiro trimestre, menos 2,9% do que no trimestre anterior e menos 11,3% do que no período homólogo. Os emitentes residentes representavam 34,8% do montante total.