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Comunicados

Relatório Estatístico sobre Reclamações dos Investidores - 1º semestre de 2021


​30.07.2021

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) recebeu 192 reclamações nos primeiros seis meses de 2021, uma descida de 6% face ao semestre anterior e de 12% em comparação com igual período do ano passado, revela o "Relatório Estatístico sobre Reclamações dos Investidores - 1º semestre de 2021".

Para este decréscimo contribuiu uma menor volatilidade nos mercados financeiros e a redução da incerteza no contexto económico, especialmente quando comparado com o período homólogo de 2020, que coincidiu com a declaração de pandemia por Covid-19 e a consequente turbulência nos mercados e nas economias.

Os dois tipos de instrumentos financeiros mais reclamados continuaram a ser as ações e os fundos de investimento, apresentando, contudo, evoluções distintas. Face ao primeiro semestre de 2020, o peso das reclamações recebidas sobre ações aumentou dois pontos percentuais para 44%, enquanto que sobre os fundos tiveram uma queda de 34 para 23%.

A execução de ordens foi o principal motivo das reclamações, recuando face ao período homólogo para 35% do total, uma descida associada ao menor número de reclamações relativas a subscrições ou resgates de fundos de investimento. Seguiram-se a qualidade da informação prestada ao investidor e os custos associados aos serviços prestados, ambos com um peso de 22% na origem das reclamações.

As reclamações recebidas e admitidas para tratamento na CMVM visaram 28 entidades, das quais a maioria (17) registou um aumento no número de reclamações face ao semestre anterior, tendo quatro registado uma diminuição.

A maioria das reclamações foi apresentada no Livro de Reclamações (58%), quase totalmente por pessoas singulares, do género masculino (76%), residentes em Portugal (92%) e maioritariamente nos distritos de Lisboa e do Porto (58%).

No primeiro semestre foram concluídas 206 reclamações, um crescimento de 5% relativamente aos seis meses anteriores e de 7% face ao período homólogo. Esta evolução traduziu-se numa descida de 16% no número de reclamações em análise no final de junho.

A pretensão do investidor foi atendida em mais de um terço das reclamações concluídas, subindo 10 pontos percentuais face ao período homólogo. Em 56% dos casos a CMVM concluiu a reclamação de forma desfavorável ao reclamante e em 6% a reclamação apresentada não foi admitida, não tendo existido reclamações em que a entidade reclamada não atendeu à pretensão do reclamante e a CMVM considerasse que o deveria ter feito.


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