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Comunicados

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Relatório Trimestral de Intermediação Financeira - 3º Trimestre de 2008


13 de Maio de 2009

  • Recepção de ordens por conta de outrem

Mercado a contado

No terceiro trimestre de 2008 o valor das ordens recebidas pelos intermediários financeiros com actividade em Portugal atingiu 44.589 milhões de euros, o que representou uma queda homóloga de 11,7%. Em comparação com o trimestre anterior, o valor das ordens recebidas caiu 9,9%.

No período em análise, a dívida privada registou a maior subida homóloga no valor das ordens (+79,7%), tendo o respectivo peso no total intermediado aumentado dos 10,7% no terceiro trimestre de 2007 para 21,8% no mesmo período de 2008. Porém as acções, apesar da queda de 41,9% no valor intermediado, continuaram a ser o activo mobiliário com maior peso no valor total (41,9%). A dívida pública e os warrants autónomos sofreram quebras de 54,1% e 45,6%, respectivamente.

Os investidores residentes representaram 69% do valor total das ordens recebidas e registaram uma subida de 0,9% face ao mesmo período do ano anterior. Já as ordens de investidores não residentes sofreram uma queda de 19,1%.

O Banco Espírito Santo, o BES Investimento e o Caixa Banco de Investimento lideraram no segmento das acções, com quotas de mercado de 16,9%, 14,2% e 10,5%, respectivamente. Na dívida pública a maior quota de mercado pertenceu ao Citigroup Global Markets (71,1%) e na dívida privada ao Banco Espírito Santo (74,5%).

O mercado nacional registou um peso de 23,8% no valor total das ordens recebidas e o mercado internacional 12,6%. A França (9,8% do total), os Estados Unidos (6,9%) e a Alemanha (5,4) foram os países estrangeiros preferidos.

O canal de recepção mais utilizado foi o telefone, fax ou presencial, tendo sido efectuados por esta via 87,3% do total intermediado.

Mercado a Prazo

O valor das ordens recebidas no mercado a prazo atingiu os 63.125,2 milhões de euros, mais 31,1% do que em igual período de 2007. A variação face ao trimestre anterior foi de 6,6%.

Os activos subjacentes aos futuros mais utilizados foram as taxas de juros de curto prazo, as taxas de câmbio e os índices. As taxas de juro de curto prazo apresentaram a maior subida homóloga (160,3%). Os investidores residentes, maioritariamente institucionais, foram responsáveis por 63,1% do valor das ordens recebidas.

  • Execução de ordens por conta de outrem

Mercado a contado

No terceiro trimestre de 2008 foram executadas ordens no valor de 36.625,5 milhões de euros, o que representou um decréscimo de 4,3% face ao mesmo período do ano anterior. Em comparação com o segundo trimestre de 2008 registou-se uma quebra de 14,3%.

O investimento em dívida privada aumentou 102,4% face ao mesmo período do ano anterior. Em contrapartida a dívida pública, as acções e os warrants autónomos caíram 62,2%,  44,6% e 40,2%, respectivamente. As acções continuaram a ser o activo mobiliário com maior peso no valor das ordens executadas (39%).

Por mercado de execução a internalização foi o mais utilizado (50,8%), seguido do mercado nacional com um peso de 27,5% (62,3% no terceiro trimestre de 2007).

Mercado a prazo

A execução de ordens totalizou 7.567,9 milhões de euros no terceiro trimestre de 2008, o que contribuiu para uma subida homóloga de 295,1%. As taxas de juro de médio e longo prazo foram o activo subjacente mais procurado (com peso de 62,5% no total executado), seguido das taxas de juro de curto prazo (26,2%).

  •  Negociação por conta própria

Mercado a contado

No período em análise, o valor das transacções por conta própria atingiu os 75.125,1 milhões de euros e caiu 2,4% face ao mesmo período do ano anterior.

A carteira dos intermediários financeiros destinou-se maioritariamente à negociação (52,7%), seguindo-se o investimento (44,3%) e, por fim, o market making (3,1%). Na vertente de negociação, os activos mobiliários mais utilizados foram a dívida privada (30,6%) e a dívida pública (9%). Os warrants autónomos foram o único activo a registar uma variação anual positiva (116,4%). As acções do BCP, EDP e Galp foram as mais transaccionadas.

Mercado a prazo

O valor das transacções caiu 29,8% em termos anuais, para 49.843,4 milhões de euros. Face ao trimestre anterior a queda foi de 26,5%. A principal finalidade das transacções foi a negociação (97,8%), com o hedging a manter uma relevância muito reduzida (2,2%). As taxas de juro continuaram a ser o activo subjacente mais usado (85,1%). As transacções foram maioritariamente realizadas no mercado internacional (99,8%).

  • Concessão de Crédito para a realização de operações sobre valores mobiliários

No período em análise, o valor dos empréstimos (470,5 milhões de euros) caiu 6,9% em termos homólogos e 24,9% quando comparado com o trimestre anterior.

  • Registo e Depósito de Valores Mobiliários por Conta de Outrem

O registo e depósito de valores mobiliários atingiu 348.880,8 milhões de euros no terceiro trimestre de 2008, estagnando face ao período homólogo. O mercado regulamentado foi o mais utilizado (57,2%).   

  • Situação patrimonial e indicadores económico-financeiros

No primeiro semestre de 2008 as comissões líquidas cobradas pelas sociedades corretoras e sociedades financeiras de corretagem caíram 25,6% face ao primeiro semestre de 2007. O activo ajustado reduziu 16,5% e o passivo ajustado 14,6%. A rendibilidade dos capitais próprios foi de 3,3%, menos 8,9% face ao primeiro semestre de 2007.

As comissões cobradas e os lucros em operações financeiras representaram mais de 90% do total dos proveitos. Os prejuízos em operações financeiras foram os custos com maior expressão (41,9%).